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domingo, 11 de novembro de 2012

As vezes a gente se impacienta pela espera e por nao saber se realmente o que queremos é nosso! Mas a paciencia, a fé e a resignacao precisam ser praticadas. Eh tao difícil. Eu ainda nao aprendi!

domingo, 4 de novembro de 2012

Quem le viaja, aprende, deixa de ser ignorante e principalmente aprende a respeitar o outro. Nao confio em quem nao le ou le só um livro a vida inteira!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O poema

O poema

Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar... Depois de quase um ano, (que vergonha!) volto a escrever estas linhas tortas porque me pedem e porque hoje nao estou com preguica.:/

Resolvi hoje, durante o banho, escrever sobre um poema de Castro Alves que trago comigo desde crianca e que há quatro meses mais ou menos está na minha cabeca diariamente. Chama-se Vozes d'Africa, mas para mim nada tem a ver com escravos. Tem a ver com meu momento pessoal. O primeiro verso e nada mais.

Deus! Ó Deus! Onde estás que nao respondes? 
Em que mundo, em que estrelas tu te escondes, embucado nos céus? 
Há dois mil anos te mandei meu grito, que embalde desde entao corre o infinito
Onde estás, Senhor Deus?

 Quando tinha cinco anos de idade meu pai comprou de um senhor alto e bigodudo (eu lembro! Era noitinha, chovia e fazia frio), que vendia de porta-em-porta, uma enciclopédia composta por vinte volumes de livros pesados e capa vermelha. Eles ainda estao na estante de parede inteira, no meu quarto em Cuiabá da maneira como deixei quando cruzei o oceano.
Aqueles livros me ensinaram muito, quase tudo o que eu precisava saber para crescer e me tornar uma adolescente com mente precoce e Portugues sem erros. Os livros tratavam de todos os assuntos e até hoje faco alguns exercícios físicos, que aprendi vendo as ilustracoes do livro de Educacao Física, para alongamento.
Através daquela enciclopédia meu mundo se abriu, gracas aa preocupacao do meu pai, que sabiamente e muito antecipadamente, comprou-a para "ajudar a Preta nos estudos".
O poema do Castro Alves encontrei no livro de Literatura e fez tanto sentido pra mim, claro que por outro motivo que lembro mas nao vou contar aqui, que decorei-o e recitava-o todas as vezes que ficava triste, zangada ou quando as coisas nao iam da maneira que eu desejava.
Lá se vao trinta anos e eu ainda sou uma pessoa de pouca fé, pois continuo recitando o mesmo poema, apesar de desejar do fundo do coracao acreditar fiel e piamente nos ensinamentos religiosos. Mesmo assim, acho que sofreria muito mais se a Doutrina Espírita nao fizesse sentido pra mim.
No entanto, mesmo sabendo que nada acontece por acaso, que tudo tem uma explicacao e que precisamos passar por tormentas para chegar ao dia ensolarado, eu recito o tal poema aprendido, decorado e jamais esquecido aos oito anos de idade, quando aprendi a entender o que lia.
Hoje mesmo, durante o banho!