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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Singapura

Estamos em Singapura (vou escrever com S porque em ingles é Singapore) e nao fizemos nada. Nem tirei foto com o Merlion ainda! Merlion é o símbolo da cidade/país, um ser mítico com cabeca de leao e corpo de peixe, criado em 1964 pelo artista Fraser Brunner.
Chove demais da conta nesse país! Aqui agora é inverno, mas o inverno deles é igualzinho o inverno de Cuiabá: calorao que nao acaba e mormaco (com ce cedilha) porque chove e abafa tudo.
Mas é tudo muito limpo, organizado e verde. A impressao é de que a cidade/país nao é muito populosa. Os habitantes sao uma mistura asiática de indianos, chineses e malaios. Todo mundo é super bem-humorado, brinca e está sempre sempre disposto a ajudar.
Singapura é o paraíso das compras. Sao 84 shopping centers, um ao lado do outro, e todos enormes. As marcas mais famosas do mundo tem lojas magníficas por aqui. Mas tem muita coisa que é muito mais barata em Londres, como perfumes, por exemplo. A maioria dos shoppings se concentra na mais famosa avenida do país, a Orchard Road.
Estamos aqui por motivos médicos. Minha sogra sofre de Mal de Parkinson e aqui estao alguns experts no tratamento da doenca. É bem longe do Paquistao, seria muito melhor fazer o tratamento na Índia (que tem excelentes médicos e hospitais) mas os problemas entre os dois países fazem com que os vistos sejam complicados de se obter.
Entao estamos eu, Majeed, um irmao, uma irma e a mae deles aqui. Ela tem melhorado com as novas doses dos medicamentos, que foram trocados pelo novo médico. Estamos todos otimistas, sabendo perfeitamente que a doenca pode ser contida mas nao curada e eventualmente vai chegar ao último estágio que é a completa falta de movimentos.
É complicado fazer turismo numa situacao dessas,com cadeirante, entao estamos mais no hotel e no hospital do que andando por aí. E ainda que quiséssemos seria chato andar pela cidade debaixo de chuva, porque como já disse, chove o tempo todo, chuva forte e inesperada com raios e trovoes.
Ainda assim, fomos ao aquário "Underworld Water" e ao Jardim Botanico de Singapura. Nem tenho dicas pra dar mas se alguém está pensando em visitar Singapura nao venha no inverno. Voce nao vai fazer muita coisa ou vai pegar pneumonia se ficar na chuva. rsrs
A cidade/país é um dos lugares mais seguros da Ásia. Aqui existem pena de morte e tolerancia zero. Ajuda bastante a manter o lugar tranquilo. Em todos esses dias aqui, nao ouvi mais do que duas vezes sirenes. Nem sei se eram de polícia ou ambulancia. E olha que estamos hospedados na área central da cidade.
A arquitetura é moderna, com ruas e seus respectivos nomes que lembram muito Londres. Eles copiam muita coisa de lá, até os onibus de dois andares. Estava esperando encontrar prédios antigos ao estilo thai ou chines, mas o que vemos sao arranha-céus, nenhuma casa até agora. A cidade está toda enfeitada para o Natal, com muita luz e cor. Pra variar nao tenho boas fotos. Preciso de uma camera que preste!!!!












sábado, 26 de novembro de 2011

Artesanato de Sindh

A minha amiga virtual, Audeni, do blog Dona Mocinha do Brasil (http://donamocinhadobrasil.blogspot.com/), me escreveu perguntando sobre o artesanato paquistanes. Entao fiz esse post pra voce, Audeni, e pra todo mundo que gosta de artesanato. Eu tenho poucas fotos, mas pesquisei e encontrei algumas.
O Paquistao é dividido em quatro províncias e cada uma tem sua história e cultura próprias, porque nem sempre foram um país só. Sindh, a Província que visitei, já foi um país independente entao os costumes sao diferentes, as línguas faladas lá sao diferentes, enfim, é como no Brasil. Existem vários Brasis dentro do Brasil.
A ceramica é muito presente no artesanato local. Eles usam potes para armazenar e manter a água fresca, como no nordeste brasileiro. Fazem bichos e bonecos de ceramica.
Os homens usam uma espécie de boina, que é toda bordada a mao e tem desenhos particulares. Nunca os muculmanos usam desenhos de pessoas ou animais. Todos os designs usados para decorar qualquer lugar ou objeto é geométrico. 
As mulheres aprendem desde muito cedo a fazer o Ralhi. Eu desconfio que foi desse artesanato que surgiu o quilt e o patchwork. Algumas pecas demoram meses para serem confeccionadas porque tudo, absolutamente tudo, é feito aa mao. Algumas cobertas sao muito pesadas, boas para o inverno. 

Os paquistaneses comem muito pao, nao o nosso pao, mas um pao feito sempre na hora, apenas com farinha de trigo integral e água, bem fino, meio que frito numa espécie de frigideira sem bordas (eles usam óleo de girassol ou canola). Parece um pao sírio, mas é molinho. Muito bom! 
Entao para conservar os paes, feitos um a um, quentinhos eles usam esse pote feito com as folhas das palmeiras de tamaras. Trabalho manual bonito e muito duradouro. 
Os tecidos também sao um assunto aa parte. Sao tantas cores, estilos, brilhos, estampas, texturas que a pessoa fica perdida. Sabe a história de nao testar mais de tres perfumes ao mesmo tempo? Igual. 
Tudo é muito colorido. Difícil é encontrar tecidos sóbrios e de uma cor só. 
Esses sao bordados aa mao. Eu, pra variar, nao tenho fotos. Acho que vi tanto tecido diferente que me acostumei e nao achei o assunto interessante. Só quando minha mae me pediu alguns que me liguei! 

Indignacao!

Que palhacada eu acho essa história de divisao. Brasil tem dinheiro pra criar Estados e nao tem dinheiro pra dar um jeito na Educacao, Saúde e Seguranca Pública. Pará, Mato Grosso... Nao vai dividir nada nao! E os gaúchos vao ter que continuar engolindo o resto do Brasil. Pronto falei!